Olá a todos! Oi!
No âmbito de um curso de formação de professores sobre a utilização de ferramentas Web 2.0 para o ensino do Português como Língua Estrangeira, surgiram alguns debates sobre o "tipo" de Português que tem mais procura atualmente. Considerando que o Mundial 2014 no Brasil está já aí, a maioria das colegas de curso afirmou que lhes têm pedido que ensinem o Português do Brasil. Sendo igualmente professora de Inglês, nunca nos meus 15 anos de ensino de Inglês me foi pedido que desse prioridade a um tipo de Inglês sobre outro. Houve sempre lugar, claro, para pequenos debates sobre as diferenças na forma de escrever e pronunciar palavras, ou mesmo sobre o recurso a palavras totalmente diferentes para designar um mesmo objeto em Inglês Britânico e Americano, mas, como disse, nunca me foi pedido que focasse mais um ou o outro.
No âmbito de um curso de formação de professores sobre a utilização de ferramentas Web 2.0 para o ensino do Português como Língua Estrangeira, surgiram alguns debates sobre o "tipo" de Português que tem mais procura atualmente. Considerando que o Mundial 2014 no Brasil está já aí, a maioria das colegas de curso afirmou que lhes têm pedido que ensinem o Português do Brasil. Sendo igualmente professora de Inglês, nunca nos meus 15 anos de ensino de Inglês me foi pedido que desse prioridade a um tipo de Inglês sobre outro. Houve sempre lugar, claro, para pequenos debates sobre as diferenças na forma de escrever e pronunciar palavras, ou mesmo sobre o recurso a palavras totalmente diferentes para designar um mesmo objeto em Inglês Britânico e Americano, mas, como disse, nunca me foi pedido que focasse mais um ou o outro.
Assim sendo, as minhas questões para hoje são:
- Faz sentido colocar os dois tipos de portugueses em pastas diferentes?
- Faz sentido requisitar professores apenas de nacionalidade brasileira para ensinar Português do Brasil e professores de nacionalidade portuguesa para ensinar o Português Europeu?
- Haverá duas línguas portuguesas?
É uma questão delicada... Já há uns anos que me deparo com esta controvérsia. Vou contar uma história que um aluno meu de Taiwan me contou no semestre passado: antes de vir para Portugal, esteve um ano no Brasil e antes de ir para São Paulo queria ter um pouco de contacto com a língua e foi a uma livraria, tipo Fnac, para comprar um pack livro/aúdio que pudesse haver em português, mas como sozinho não conseguiu encontrar nada perguntou à funcionária: "Vou para o Brasil e queria comprar algum livro para ir praticando o Português, tem alguma coisa?", pergunta à qual a funcionária respondeu, "Mas no Brasil falam brasileiro...não português..."
ResponderEliminarExiste muitas vezes esta confusão, no entanto, julgo que mesmo sendo a mesma língua, não deixa de ser uma variante e num nível inicial não revelo muito as diferenças, só quando, como já aconteceu, um aluno já teve algum contacto com o Português do Brasil. Costumo abordar as diferenças e semelhanças entre as duas variantes no nível B2 ou C1, até porque tem de se ter em conta que o número de falantes é bastante significativo...
Se um dia tiver de ensinar Pt br vou ter de estudar algumas coisas...mas julgo que um professor de uma variante é capaz de ensinar a outra. Quando andava no 9º ano tive uma professora de Português que era brasileira, isto há 20 anos atrás gerou uma grande polémica na escola, mas a professora era boa e teve noção que teria de ensinar a norma europeia...adaptou-se porque o púbico era português, mas se for estrangeiro depende do objetivo ao aprender a língua.
Maria, obrigada pelo teu comentário e partilha de experiências pessoais. De facto, dá que pensar. E ainda estou "abananada" com a resposta da funcionária da Fnac!! Para já, vou-me limitar a ler os comentários que possam surgir e esperar que haja mais, pois gosto de ouvir as vossas opiniões. Mais para a frente vou-me manifestar ;) Obrigada por teres participado. Dá logo outra motivação :D
ResponderEliminar